Enfrentando a Angústia da Crise

Conversar abertamente com sua equipe sobre a situação atual é muito importante.
O ano de 2015 começou difícil para a economia brasileira. A taxa de desemprego nos 3 primeiros meses foi considerada a mais alta dos últimos 2 anos, indicando 7,9% de demissões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior procura de emprego somada ao menor número de postos de trabalho resultou em uma população desocupada que chegou a quase 8 milhões de pessoas, 23% a mais do que no final do ano passado.  Números definitivamente preocupantes para os trabalhadores, principalmente quando a tendência é piorar.
Ao contrário do que muitos pensam, porém, essa crise não inquieta apenas as pessoas desempregadas. Quem está empregado também está passando por uma fase de inquietação. Esses profissionais vêm assumindo cada vez mais trabalho, tendo os recursos disponíveis cada vez mais reduzidos e, ainda, sendo pressionados por melhores resultados. Até os que conseguem ser admitidos mesmo nesse tempo estão propícios a receberem salários mais baixos do que aquele que normalmente receberiam.
Há um clima de tensão instaurado; medo da demissão, que muitas vezes é inevitável e pega o empregado de surpresa. E a sensação de estar trabalhando mais, porém sem receber proporcionalmente por isso, torna-se uma realidade. É inevitável, por exemplo, que, em algum momento, predomine o marasmo, o baixo-astral e até uma falta de motivação para fazer as coisas. Então, o que se pode fazer para minimizar essas consequências?
A conversa aberta com a equipe sobre o momento pelo qual a empresa está passando é muito importante. É necessário tirar todas as dúvidas e manter uma comunicação clara e constante. Mas o que se observa ainda é o contrário: a falta do diálogo que, às vezes, faz gerar o aumento da angústia nos empregados.
É compreensível que cortar gastos acabe se tornando essencial. Mas não é suficiente. É preciso pensar também em alternativas de aumentar a receita.
Nesse cenário, manter-se empregado está sendo uma das maiores preocupações das pessoas, e, em algumas situações, isso tem tomado proporções indevidas, chegando a afetar a saúde. Por isso, seguem algumas dicas tanto para o gestor quanto para o empregado:
1 – Para enfrentar esse cenário com menos risco à saúde, é fundamental se permitir descansar o corpo e a mente.
2 – Cuidar do sono, das atividades físicas regulares e da alimentação.
3 – Jamais descarregar as nossas frustrações, problemas e dificuldades nos outros, assim poderemos nos colocar em situação ainda mais difícil.
O estresse, por exemplo, um dos maiores vilões da modernidade, em momentos de turbulência, como esse vivido hoje no Brasil, pode prejudicar ainda mais o desempenho da equipe. O desgaste age sobre a concentração, a motivação, a produtividade, a qualidade dos serviços e o humor. Saber manejar os fatores estressores constitui-se, neste momento, um desafio para empresas, gestores, equipes.
Enfim, nesse momento de crise, é preciso respirar fundo e aprender a lidar com a pressão e a incerteza. Administrar as angústias para pensar em saídas será o diferencial para vencer a batalha chamada crise.