Outras razões para o hub no Recife

por Francisco Cunha, sócio da TGI Consultoria em Gestão
Em 2037, a cidade será economicamente pujante, socialmente justa, ambientalmente equilibrada e espacialmente planejada
No mês passado, a TGI foi convidada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco para participar de uma reunião com um consultor internacional da TAM sobre as vantagens competitivas do Estado e do Recife para receber o hub da Latam.
Foi uma oportunidade para expor as razões complementares pelas quais acreditamos ser o Recife o melhor local para instalar o hub: (1) em primeiro lugar, pela tradição do Estado de implantação de projetos estratégicos cujo melhor exemplo é Suape (planejado na década de 1950 e objeto de desenvolvimento contínuo por mais de 40 anos); (2) depois, pela prática estadual de pesquisa sobre o desenvolvimento (só a Pesquisa E&E, realizada pela TGI por 25 anos seguidos, produziu três relatórios de referência que foram o Pernambuco Afortunado, sobre a história do Estado, o Pernambuco Competitivo, sobre os setores econômicos estratégicos da atualidade, e o Pernambuco Desafiado, sobre os cenários de desenvolvimento futuro); (3) além disso, pelo plano de longo prazo que o Estado está concluindo com o apoio técnico das consultorias TGI, Ceplan e Macroplan, e suporte do Movimento Brasil Competitivo, o Pernambuco 2035; e, finalmente mas não menos importante, (4) pelo movimento de planejamento de longo prazo que o Recife está fazendo com destaque para o Projeto Recife 500 Anos e o Projeto Parque Capibaribe.
Para reforçar essa última razão, inclusive, foi apresentada, devidamente traduzida para o inglês, a Visão Recife 500 Anos, uma contribuição da TGI e do Observatório do Recife, distribuída ano passado como encarte pela Algomais, enunciando que “ao completar 500 anos em 2037, o Recife será economicamente pujante, socialmente justo, ambientalmente equilibrado e espacialmente planejado, com todos os cidadãos recifenses orgulhosos de uma cidade que terá: (1) plena fluidez da mobilidade; (2) intensa apropriação do espaço público; (3) desenvolvimento espacialmente descentralizado; (4) o Rio Capibaribe revitalizado; (5) saneamento básico resolvido; (6) saúde, educação
e segurança exemplares; (7) economia forte; (8) história preservada; (9) equilíbrio ambiental; e (10) ampla participação cidadã”.
Pela reação, o consultor parece ter gostado, em especial da perspectiva de futuro da cidade, uma visão exigente, mas ainda possível que, em última instância, só depende de nós recifenses.
*Artigo publicado na edição 109 da revista Algomais (www.revistaalgomais.com.br)