Esperança é o nome do jogo

O ano já se encaminha para o final com perspectivas nada positivas. A crise, segundo as previsões, ainda pode piorar e ninguém consegue enxergar uma saída imediata. As perguntas são inquietantes. O que mais pode piorar? Faz sentido ter projetos com um futuro tão incerto? O que mais se pode reduzir sem prejudicar o desempenho da empresa?
Diante desse cenário, aqueles que lideram não podem correr o risco de ficar acuados, sem planos. Não ter planos significa não ter expectativas, nem perspectivas de futuro. Em última instância, significa não ter esperança, combustível para a construção de qualquer futuro.
Numa cena do excelente filme Círculo de Fogo (Enemy at the Gates – Alemanha, 2001, relativo ao cerco de Stalingrado, na 2ª Guerra Mundial), oficiais russos discutem o que fazer com soldados desertores, movimento que crescia face à perspectiva de derrota. Enquanto a maioria sugere fuzilamento, um oficial diz: “Dê-lhes esperança!” Esperança que, no caso, se traduziu em comunicação intensa, estímulo positivo sobre a honra e a competência dos soldados e crença na capacidade de vencer. E os russos reverteram a situação, derrotando os alemães.
Um cenário negativo requer atitudes positivas. Se não há previsão para o fim da crise, é necessário lidar com o que se tem agora e continuar planejando, mesmo que com prazo mais restrito, envolvendo as equipes com mais frequência, na construção de ideias, no acompanhamento dos projetos, dos resultados, das tendências.
Dar esperança é isso e, mais que tudo, é manter a convicção de que essa crise, como tantas outras, também vai passar.
Dicas
1. Se não é possível ter previsão sobre o fim da crise, faça planos de curto prazo.
2. Discuta alternativas para enfrentar o mercado mais restrito: novos produtos/serviços, mecanismos para atrair mais clientes ou novos clientes a serem buscados.
3. Mobilize sua equipe para entender a crise, reconhecer seus impactos e identificar alternativas de sobreviver a ela, mantendo-se forte.
4. Compartilhe as decisões de restrição (cortes, reduções) ajudando a que se entenda o porquê e o para quê das medidas.
5. Estimule o reconhecimento das competências, das pessoas e da empresa, essencial para perceber a capacidade de superação.
O Gestão Mais é uma coluna da TGI na revista Algomais. Leia a publicação completa aqui: www.revistaalgomais.com.br