Parque Capibaribe: projeto inovador que promete mudar a cara do Recife

Durante a última reunião da Rede Gestão, realizada na última quinta-feira (7), os arquitetos e professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Roberto Montezuma, da AFM Arquitetos,  e Luiz Vieira, da Luiz Vieira Paisaismos, integrantes da Rede Gestão, assim como a TGI Consultoria, apresentaram o projeto Parque Capibaribe – Caminho das Capivaras. O projeto urbanístico tem como objetivo repensar o Recife integrando seus habitantes. A ideia do trabalho é apresentar para discussão um novo projeto urbanístico, resultado de um convênio inédito entre a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, e a UFPE.
A área de influência do Parque na primeira etapa atinge 400 mil pessoas, em uma extensão de 30 km, abrangendo 35 bairros do Recife e prevê o aumento da área verde pública da cidade de 0,7m²/hab (2014) para 20m²/hab (2037). A partir de um projeto que visa urbanizar a cidade com base nas possibilidades que o rio Capibaribe oferece, a iniciativa foca no potencial paisagístico e de integração espacial que restitui a natureza de uma cidade cuja máxima característica é a abundância de água. O Parque Capibaribe também integra o rio com espaços verdes, envolvendo os bairros que o margeiam, pensa o redesenho de ruas e formas de ocupação e, não esquecendo a mobilidade, articula transportes motorizados, bicicletas, barcos e pedestres.
“Não adianta pensar uma cidade sem pensarmos como ela é e onde ela quer chegar. As cidades são complexas e exigem uma visão de futuro”, ressaltou Montezuma. Para pensar o projeto, o convênio reúne 12 grupos de diversos departamentos da universidade e de diversas áreas de ensino, 48 pesquisadores das áreas de engenharia, sociologia, biologia, recursos hídricos, agronomia, botânica, resíduos sólidos, paisagismo, habitação, estudos espaciais de morfologia, ergonomia, como também grupos ligados à mobilidade urbana, desenvolvimento sustentável e desenho urbano.
No que diz respeito solução para uma cidade que apresenta cenários e circunstâncias ambientais tão diversas, o projeto se inspirou em outros de centros urbanos que já passaram por processos semelhantes, como a maximização das opções de tráfego misto utilizada em Medellín, na Colômbia; a articulação de conexões curtas e longas que privilegiam o pedestre e o ciclista, como em Seul, na Coréia do Sul; e o estabelecimento de novas paisagens e áreas permanência, como feito em Nova Iorque, Estados Unidos.