Cuidado com o Caixa

Pequenas empresas são mais vulneráveis a períodos de turbulência no mercado, como a entrada de grandes concorrentes ou quedas na demanda. Para não correr o risco de quebrar, é essencial cuidar do fluxo de caixa.
Os custos fixos devem ser gerenciados e minimizados. Deve-se ter atenção a despesas supérfluas e pequenos detalhes com que os profissionais estão acostumados e que podem ser otimizados. Uma boa solução para isso é envolver e ouvir a opinião das equipes.
Também é importante fazer projeções atentas da receita, com base em tendências realistas: não apenas utilizar os valores médios, mas considerar o movimento atual, mesmo que de modo qualitativo, e associar essas percepções às informações existentes, como as médias. Essas projeções devem balizar o orçamento, contemplando tanto os custos fixos quanto os custos variáveis.
É fundamental planejar o fluxo de caixa para a empresa não “travar”. Na maioria dos casos, o mínimo recomendável é que haja um planejamento para se terem disponíveis os recursos suficientes para o próximo mês. Se isso não ocorrer, provavelmente haverá um grande impacto negativo no processo produtivo, com paradas desnecessárias (por falta de recursos) e gastos de energia e tempo gerencial (para dar conta dos “malabarismos necessários”) que poderiam ser evitados.
Um ponto comumente esquecido, mas que se não for cuidado pode gerar graves problemas para a empresa, são as provisões. Despesas localizadas como décimo terceiro salário, férias e rescisões devem ter reservas previamente alocadas para evitar surpresas e problemas legais. Também é importante fazer uma reserva para investimentos e cuidar da competitividade empresarial. Uma alternativa é definir um percentual mensal dos lucros ou do faturamento a ser provisionado.
Quase todos os negócios têm épocas mais e menos favoráveis. Uma solução possível é fazer uma provisão para as épocas mais difíceis, sem contar com a disponibilidade desse dinheiro. Entretanto, caso haja oportunidades muito interessantes ou necessidades prementes que exijam a utilização dessa reserva, essa diretriz pode ser flexibilizada, desde que avaliados os riscos e as consequências de não poder contar mais com esses recursos nos períodos de baixo desempenho do mercado.
Cuidar dos custos, fazer projeções de receita, planejar o fluxo de caixa e fazer provisões para despesas localizadas, investimentos e períodos de movimento fraco são alternativas que fortalecem a gestão financeira da empresa, que é um grande indutor de competitividade, especialmente com as grandes mudanças significativas experimentadas no cenário macroeconômico atual.