Desafios da liderança nas organizações

Muitos jovens têm demonstrado o desejo de assumir posições de liderança nas organizações. Mas quais os desafios que terão de enfrentar? Que habilidades precisarão desenvolver? É importante que, desde cedo, acompanhem o comportamento do mercado e observem o que se exige de um líder.
Na coluna de hoje, esperamos ajudar esses jovens amadurecendo qualitativamente algumas questões relativas à liderança nas empresas com base na terceira edição do Termômetro ÁgilisRH, uma sondagem realizada com sócios, diretores, gerentes e gerentes de RH de 28 empresas pernambucanas dos setores financeiro, de construção civil, comunicação, serviços, comércio e indústria.
Muitos sócios, diretores e gestores de RH apontaram o monitoramento sistemático da equipe e dos seus resultados como algo difícil de ser cumprido. A habilidade de gerenciar profissionais e monitorar seus resultados precisa, então, ser desenvolvida desde cedo. Parece faltar a sócios e gestores não exatamente a coragem para exercer um maior controle dos resultados, mas uma sistemática, ou seja, uma rotina clara e objetiva que lhes permita avaliar de modo regular a produtividade das equipes.
Os entrevistados também se viram às voltas com dificuldades de encarar os conflitos como matéria-prima para a gestão. Eis um ponto que pode travar o trabalho de toda uma equipe, pois conflito, como sabemos, é algo inerente aos relacionamentos humanos. Para a ÁgilisRH, conflitos devem ser matéria-prima e fermento para a inovação e a criatividade, pois falam de posicionamentos diferentes que podem ser importantes para pensar as soluções. Desde que se lhes tire o caráter emocional e dramático, conflitos podem e devem ser observados como vitalidade. Tolerância para com eles deve ser um ponto a ser trabalhado, sobretudo pelos jovens, que, em sua maioria, não estão acostumados a enxergá-los por esse viés. O líder tem o papel fundamental de direcionar as discussões com foco nas soluções para motivar a equipe a atingir os resultados.
Outra prática a ser igualmente aperfeiçoada é a de feedback com o equilíbrio entre elogio e crítica. Isso confirma a percepção comum de que nós, brasileiros, não gostamos muito de ser alvo de crítica, mesmo do que se costuma chamar de crítica construtiva. A prática franca e periódica de feedback, se bem conduzida, tonifica as relações entre o gestor e a equipe.
Para concluir, vale mencionar que também foi perceptível, nos níveis mais básicos da gestão, uma maior dificuldade de se exercer a liderança. Nesse sentido, algumas práticas, como programas de desenvolvimento, cursos de gerenciamento e investimento em RH, podem ajudar. O importante é que os talentos dos novos líderes sejam não só percebidos, mas lapidados e impulsionados para os desafios de hoje e do amanhã.