Para evitar apresentações maçantes, um livro sobre como usar bem o PowerPoint

Uma grande invenção para as apresentações, o PowerPoint tem sido usado erradamente e, muitas vezes, criado desconfortos que o livro “Apresentação Zen” ajuda a contornar
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Num dos últimos números da revista Veja, o articulista Cláudio de Moura Castro dedica o seu artigo às apresentações em PowerPoint, o software desenvolvido pela Microsoft que virou padrão de suporte às palestras corporativas, aulas e outros tipos de exposição. Trata-se, sem dúvida, de um enorme avanço em relação aos meios tradicionais (quadro negro, transparências/retroprojetor, simples falatório etc.) mas que precisa ser usado com cuidado para que o ‘tiro não saia pela culatra”.

“PowerPoint era o invento que faltava. (…) Só que, na prática, costuma ser um desastre. (…) excesso de informações e de slides, sobrecarregados com textos intermináveis. (…) O texto dos slides deve ser um recurso mnemônico, para fixar os conceitos mencionados e para criar a arquitetura mental das principais idéias. (…) Visualmente, precisa ser de extrema simplicidade. (…) Para quem quer encontrar o bom caminho do PowerPoint, o livro Presentation Zen é a redenção.”

Claudio Moura Castro, Veja, 11.08.10
“Apresentação Zen – Ideias Simples sobre Design de Apresentações e Performances” de Garr Reynolds (Editora Alta Books), é realmente um livro muito interessante e instrutivo para quem pretende produzir apresentações de qualidade e dignas da atenção dos expectadores. O autor, design e consultor, especialista em apresentações, destaca a título de introdução:

“Os princípios com os quais eu sou mais cuidadoso em cada passo do processo de apresentação são: cautela, simplicidade e naturalidade. Cautela na preparação. Simplicidade no design. Naturalidade no ato de apresentação.”

Garr Reynolds, autor de “Apresentação Zen”
Um aspecto muito importante também destacado pelo autor que, para isso, pede o apoio de outro especialista em apresentações, Seth Godin, é a importância da transmissão da emoção quando se prepara e realiza uma apresentação.

“Nossos cérebros têm dois lados. O lado direito é emocional, musical e de veneta. O lado esquerdo é centrado em destreza, fatos e dados consistentes. Quando você aparece para fazer uma apresentação, as pessoas querem usar as duas partes dos seus cérebros. (…) Você pode estragar um processo de comunicação com uma lógica ruim ou fatos sem substância, mas você não pode completá-lo sem emoção. Lógica não é suficiente. Comunicação é transferência da emoção (…)  Lembre-se de que a apresentação é para fazer uma venda emotiva.”

Seth Godin, especialista em marketing e apresentador
O autor destaca também que, ao contrário do seu antecessor tecnológico, a transparência projetada pelo retroprojetor, a sequência de slides tem mais a ver com o cinema do que com o texto.

“Apresentações modernas com slides e outros tipos de multimídia têm mais em comum com o cinema (imagens e narração) e com quadrinhos (imagem e texto) do que com documentos escritos. As apresentações de hoje cada vez mais compartilham mais coisas em comum com um filme documentário do que com uma transparência projetada.”

Garr Reynolds, autor de “Apresentação Zen”
O importante é usar esse extraordinário recurso que é o PowerPoint para incrementar as apresentações e tornar mais eficaz a mensagem que se pretende transmitir, considerando que a ferramenta tem exigências que vão muito além do texto projetado. Para mais informações é muito instrutivo ler o livro de Garr Reynolds. Depois dele, com certeza as apresentações podem ser bem melhores do que antes.